Histórias

Uma noite de Natal








O velho Joaquim vivia só na sua pequena e velha casa do bairro pobre.
A mulher morrera, já fizera três anos.
Os filhos tinham seguido a sua trajectória na vida e estavam longe.
Reformado cedo por invalidez, vivia de uma pensão que mal dava para comer e comprar alguns remédios. Valia-lhe algum dinheiro que os dois rapazes lhe mandavam de vez em quando e a ajuda de alguns vizinhos, também pobres materialmente mas ricos de sentimentos.
Estava frio nessa véspera de Natal.
Mais um que iria passar somente na companhia das memórias de outros que foram bem mais alegres e das dores reumáticas que o atormentavam quasi em permanência.
Comeria uma sopa requentada, um pão com margarina, uma maçã já meia podre, beberia um trago de um tinto carrascão e depois iria para a cama com uma dor no peito que o vinha apoquentando nos últimos tempos. Ainda nada dissera ao médico do Centro de Saúde. E iria mais uma vez chorar a tristeza de ser velho e só.
Estava sentado no sofá sujo e roto quando bateram à porta.
Disse, tão alto quanto podia:
- Entre!
E a porta rangeu enquanto se abria devagarinho: era a vizinha Matilde, que também vivia em solidão, pois ficara sem um filho nas obras já há bastantes anos e sem o seu homem, muito recentemente.
- Posso, Sr. Joaquim?
- Entra Matilde, entra!
Ela aproximou-se do ancião e estendeu-lhe uma marmita amolgada pelo uso:
- Tem aqui um pedacito de um naco de peru que me foram levar a casa. Lembrei-me de lho trazer. Está quentinho.
- Muito obrigado! Entra e senta-te um bocadinho.
- Não posso demorar muito porque deixei o lume aceso.
- Estás a cozinhar? – perguntou o idoso.
- Estou! Este pedaço de peru saiu agora do forno.
- E vais passar a noite sozinha?
- Pois! Não tenho ninguém.
- E não queres vir fazer-me companhia? Comemos aqui os dois, conversamos e depois vamos dormir.
Ela pensou um pouco e depois retorquiu:
- Acho boa ideia! Então vou acabar de cozinhar e venho até cá com a comida.
- Eu podia ir a tua casa, mas tenho dores...
- Não se preocupe, Sr. Joaquim. Eu venho fazer-lhe companhia e assim também não me sinto tão solitária.
- Mas tu tens televisão e aqui não podes ver nada. Eu só tenho este velho rádio.
- Prefiro a companhia de uma pessoa que a da televisão. Então até já!
E a mulher saiu.
Pouco depois de ela voltar com uma cesta razoavelmente farta, começaram a comer e foram conversando.
Já perto da meia-noite disse ele:
- Matilde! Estou com frio. Vou-me deitar. Queres vir para a cama comigo? Assim ficamos os dois mais quentinhos.
Ela não contava com aquela proposta, mas não demorou muito a responder:
- Está bem, Sr. Joaquim! Agora vou arrumar a loiça e dar uma limpadela.
- Eu espero por ti!
E não tardou muito que ambos estivessem na cama, bem agasalhados, conversando até que o velho adormeceu.
Manhã cedo a mulher acordou e levantou-se como era seu hábito.
O homem estava quieto. 





A luz do sol bateu-lhe no rosto sereno mas lívido de morte.

A Matilde tocou-lhe e sentiu-o frio e inerte como um pedaço de mármore.


Polícia,Um Salto Muito Azarado       


O ladrão já estava preso havia uns três anos numa penitenciária do interior do Estado de São Paulo e, pela primeira vez, recebeu a oportunidade de ficar em casa por causa do beneficio do indulto de páscoa. Assim que o criminoso saiu da cadeia, não resistindo à tentação, na primeira oportunidade roubou o celular de uma moça. 
Depois do roubo à moça começou a gritar alto pedindo socorro. Logo apareceu um policial para ajudá-la. Prontamente, o policial saiu em perseguição ao rapaz. Depois de correr por mais de quatro quarteirões o policial ficou muito impressionado com a atitude do inocente ladrão. 
O Bandido, correndo em alta velocidade, estava fugindo do policial, assim que entrou numa rua viu um grande muro e pensando ser a área de uma empresa ou outra propriedade qualquer pulou o muro e caiu do outro lado.
O policial, ao ver aquilo parou de correr imediatamente. Meio atônito e bastante surpreso com a atitude do picareta procurou o portão da propriedade para ver o que estava acontecendo lá dentro onde aquele ladrão de meia tigela havia pulado. 
Ao chegar lá dentro, a primeira coisa que o policial viu foi que o assaltante já havia sido imobilizado por outro homem, que não por acaso, era outro policial, pois o ladrão azarado havia pulado justamente dentro do Batalhão da Policia Militar daquela cidade a qual ele não conhecia muito bem.


Escola,Prova de Matemática


A professora de matemática já havia dado a prova e a sala estava num silêncio absoluto tentando resolver aquelas deliciosas questões quando...- Pbruuuuf! Pbruuuuf! 





Na silenciosa sala de aula ouve-se um barulho muito conhecido de todos o que, imediatamente, provocou algumas reações nos alunos:






- Afff!





- Hummm!





- Credooo! 






Sem contar que por instinto quase todos levaram a mão ao nariz para evitar sentir o desagradável odor que deveria vir depois daquela inesperada detonação, pois todos sabiam perfeitamente que depois do estrondo vinha o estrago causado pelos gases nocivos que viajando pelo ar á velocidade da luz chegava e invadia as narinas de todos.






No entanto, o tempo passou e nada do terrível odor chegar, com certeza aquele lote de gás não era dos mais mortíferos e sim daqueles mais suaves e menos agressivos. Depois do ataque a sala volta ao normal e o maravilhoso silêncio voltou a tomar conta do, agora, agradável ambiente.






Minutos depois...






- Pbruuuuuuuf! Pbruuuuuuuuuuuuf! 





- Eca!





- Esse foi prá acabar!





- Vixeeee! Esse foi prá detonar tudo!






Novamente os alunos fizeram muitos comentários de desaprovação ao cruel terrorista que estava bombardeando a sala de aula. No mesmo instante todos se olharam na tentativa de que, entre as trocas de olhares desconfiados, o agressor fosse desmascarado. Enquanto os garotos se encaravam fixamente outra pequena bomba se fez ouvir:






- Pbruuf!






Agora já não dava mais para esconder. Todos ali estavam olhando para a autora dos terríveis bombardeios. Uns a olhavam com ar de dó e outros com olhar de condenação foi quando a terrível agressora se pronunciou:









- Pessoal! Desculpe-me! É o meu estômago. Eu não comi nada hoje.



                                                     
Gostou?
Deixe um comentário abaixo:

0 comentários:

Posts Legais em outros blogs

Ajude-nos

Pedimos a colaboração dos amigos internautas com notícias e fotos de situações hiláricas e ainda disponibilizamos para qualquer dúvida o nosso e-mail do BLOG:

matheus.felipe.ribeiro.2010@gmail.com

Obrigado e boa diversão a todos!

Related Posts with Thumbnails